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Feminicídio no DF: lanterneiro mata companheira após briga
Crime ocorreu no Itapoã; suspeito fugiu e foi preso escondido dentro de uma igreja

Feminicídio no DF: lanterneiro mata companheira após briga

14 de agosto, 2025
3 minuto(s) de leitura

Crime ocorreu no Itapoã; suspeito fugiu e foi preso escondido dentro de uma igreja

Um feminicídio no DF chocou moradores do Itapoã, na noite de quarta-feira (13/8). Camila Pereira, 28 anos, foi morta a facadas pelo companheiro, William Lopes, também de 28, em frente à casa onde viviam, na QL 8, conjunto H, no Itapoã 2. O crime, segundo as investigações, teria sido motivado por uma discussão após a queima de roupas do suspeito.

De acordo com a Polícia Civil, o casal estava junto havia cerca de um ano e mantinha um relacionamento marcado por brigas. No dia do crime, William afirmou ter passado a noite fora, trabalhando como lanterneiro, lixando carros. Ao retornar para casa, encontrou seus pertences queimados. Testemunhas relataram que o gesto teria sido motivado por uma crise de ciúmes de Camila.

A discussão rapidamente escalou. Armado com uma faca, William desferiu pelo menos três golpes no tórax da companheira. O Corpo de Bombeiros Militar do DF foi acionado, mas apenas confirmou o óbito no local.

O proprietário do imóvel, onde o casal morava, registrou boletim de ocorrência sobre o incêndio causado nas roupas. Minutos após o ataque, William fugiu. A Polícia Militar reforçou o policiamento na região e iniciou as buscas. Ele foi localizado dentro de uma igreja na Quadra 49 do Del Lago, a poucos quilômetros da cena do crime. Não resistiu à abordagem e foi levado para a 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá.

Conforme a investigação, o suspeito já tinha passagens por roubo, extorsão e posse ilegal de arma de fogo. Apesar do histórico criminal, não havia registros anteriores de violência doméstica envolvendo o casal.

A linha do tempo do caso ajuda a entender como a tragédia ocorreu:

Noite de terça (12/8) para quarta (13/8) – William sai de casa para trabalhar e, segundo seu relato, passa a noite fora.

Tarde de quarta (13/8) – Camila, em meio a uma crise de ciúmes, incendeia roupas do companheiro no quintal. O ato provoca tensão com o proprietário do imóvel.

Por volta das 19h30 – William retorna, encontra os pertences queimados e discute com a companheira em frente à residência. A discussão se transforma em agressão física.

Ataque – William atinge Camila com três facadas no tórax. Ela cai na calçada e vizinhos chamam os bombeiros.

Poucos minutos depois – O suspeito foge a pé. Policiais iniciam buscas na região do Itapoã.

Menos de uma hora após o crime – William é encontrado escondido em uma igreja no Del Lago. Ele não oferece resistência e confessa o crime durante depoimento.

O corpo de Camila foi removido ao Instituto Médico Legal (IML). A vítima deixa um filho de outro relacionamento. A polícia agora apura se há testemunhas que possam detalhar os minutos que antecederam o ataque, além de buscar imagens de câmeras de segurança que possam reforçar a reconstituição dos fatos.

Especialistas em segurança pública destacam que casos como este reforçam a importância de identificar sinais de violência e de buscar apoio antes que conflitos se agravem. Embora não houvesse registros formais de agressões anteriores, testemunhas afirmaram que a relação do casal era instável e marcada por discussões frequentes.

O feminicídio será investigado pela 6ª Delegacia de Polícia como homicídio qualificado, por motivo fútil e pela condição de gênero da vítima. William permanece preso e à disposição da Justiça.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do DF, este foi o 24º caso de feminicídio registrado na capital em 2025. Autoridades reforçam que denúncias de ameaças ou agressões podem ser feitas pelo telefone 190, pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 ou em qualquer delegacia.

O caso de Camila se soma a uma estatística que preocupa. Organizações que atuam no combate à violência doméstica lembram que o acolhimento e a denúncia precoce podem salvar vidas. Enquanto as investigações continuam, amigos e familiares se mobilizam para prestar apoio ao filho da vítima, que agora enfrenta a perda da mãe de forma abrupta e violenta.

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