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Intoxicação por metanol: Saúde orienta após 6 mortes em SP Nota técnica lista sintomas e notificação; casos crescem no País.
Intoxicação por metanol: Saúde orienta após 6 mortes em SP Nota técnica lista sintomas e notificação; casos crescem no País.

Intoxicação por metanol: Saúde orienta após 6 mortes em SP

02 de outubro, 2025
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Nota técnica lista sintomas e notificação; casos crescem no País.

Intoxicação por metanol motivou o Ministério da Saúde a publicar uma nota técnica com orientações a pacientes e profissionais após a alta de casos suspeitos em São Paulo. Em território paulista, seis pessoas morreram por intoxicação por metanol. O documento traz medidas a adotar na rede de atendimento e busca agilizar a resposta dos serviços. A orientação ocorre em meio a registros recentes ligados a bebidas adulteradas no Estado.

A nota, divulgada na terça-feira (30/9), descreve sinais clínicos característicos. Entre eles, rebaixamento de consciência, convulsões e coma. Também cita alterações visuais persistentes — visão borrada, “campo nevado” e fotofobia — que podem evoluir para cegueira irreversível. Segundo o texto, os sintomas da intoxicação por metanol costumam surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão de bebida alcoólica. A recomendação é reconhecer o quadro cedo e buscar atendimento imediato.

A pasta pede aos profissionais que notifiquem todas as suspeitas. “Todos os casos suspeitos e confirmados devem ser notificados ao Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional)”, informa o ministério. A diretriz pretende formar um retrato mais fiel da intoxicação por metanol no País e orientar ações rápidas, com fluxo de comunicação padronizado entre unidades, gestores e vigilâncias.

O avanço dos registros preocupa. O Brasil chegou a 29 casos suspeitos de intoxicação por metanol nesta quarta-feira (1º/10). O total, acumulado nos últimos dois meses, equivale ao que costuma ser registrado ao longo de um ano e tende a crescer. Somente na noite de terça-feira (30/9), duas mortes sob suspeita foram notificadas em Pernambuco. Os episódios reforçam a necessidade de alerta na identificação de quadros e na investigação das origens.

Em Pernambuco, além das duas mortes suspeitas, uma terceira pessoa foi internada. Ela sobreviveu, mas perdeu a visão nos dois olhos. O caso ilustra um efeito grave da intoxicação por metanol descrito na nota: a possibilidade de dano ocular irreversível. Os profissionais são orientados a observar queixas visuais persistentes, especialmente quando associadas ao consumo recente de bebida alcoólica, e a acionar protocolos de referência para condutas adequadas.

Em São Paulo, as últimas semanas registraram ocorrências ligadas a bebidas adulteradas. As autoridades contabilizam seis mortes no período recente. Na manhã desta quarta-feira, havia 18 casos em investigação e sete confirmados. A intoxicação por metanol associada a produtos irregulares exige rastreamento das fontes e fiscalização, mas as medidas de campo cabem aos órgãos competentes. A nota federal concentra-se em padronizar cuidados clínicos e comunicação.

O documento do Ministério da Saúde organiza as respostas que devem ser adotadas na ponta. O objetivo é orientar acolhimento, avaliação do quadro e notificação oportuna. A intoxicação por metanol pode evoluir rápido e, por isso, a recomendação é não subestimar sintomas neurológicos e visuais após consumo de álcool. A pasta reforça que a comunicação com o CIEVS Nacional facilita o acompanhamento em tempo real e apoia decisões de vigilância.

Para o público, a principal mensagem é reconhecer sinais de alerta. Visão borrada, “campo nevado” e sensibilidade à luz, quando vêm depois de beber, exigem atenção imediata. Rebaixamento de consciência, convulsões e alterações súbitas do estado geral também. A intoxicação por metanol tem janela de horas até se manifestar, o que pode retardar a busca por ajuda. A recomendação é procurar atendimento sem demora e informar sobre ingestão recente de álcool.

A rede de saúde é chamada a registrar cada suspeita, mesmo antes da confirmação laboratorial. Essa notificação alimenta as bases nacionais e ajuda a dimensionar a intoxicação por metanol. O Ministério da Saúde orienta que os fluxos de informação sejam seguidos à risca e que as unidades adotem as medidas listadas na nota técnica. A padronização favorece respostas coordenadas e reduz perdas de tempo na assistência aos pacientes.

Os números mais recentes mostram que a intoxicação por metanol passou a exigir atenção redobrada. Há casos suspeitos em alta no País, mortes em investigação e ocorrências confirmadas em São Paulo. Em Pernambuco, uma sobrevivente perdeu a visão. O cenário justifica o reforço de protocolos clínicos e de vigilância. A nota técnica procura amarrar esses passos e manter as equipes alertas para detectar, notificar e conduzir cada caso com rapidez e precisão.

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