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Roger Vieira brilha no Red Bull Hardline e se firma entre os top do downhill

29 de julho, 2025
2 minuto(s) de leitura

Brasileiro conquista o 8º lugar na pista mais extremada do mountain bike e inspira o ciclismo nacional

Roger Vieira brilha no Hardline 2025 e garante top 8. Atleta brasileiro destaca-se entre os melhores no downhill mais extremo do mundo.

Foto: Perfil pessoal do Instagram

No domingo, 27 de julho de 2025, o downhill brasileiro teve um marco: o atleta Roger Vieira alcançou a 8ª posição no Red Bull Hardline Wales, competição considerada a mais radical do mountain bike downhill global. Em trilhas íngremes no vale Dyfi, no País de Gales, Roger encarou saltos gigantes, rochas escorregadias e raízes traiçoeiras, mantendo a estabilidade em um percurso que exige técnica, força mental e controle total do ritmo.

Trajetória e desempenho de Roger Vieira

Campeão nacional de downhill em 2024, Roger soma experiência internacional e desempenho consistente em circuitos da UCI World Cup. No ranking mundial de 2025, ocupa a 36ª posição com 297 pontos, sua melhor marca até o momento.

Durante a fase de “seeding”, Roger registrou o tempo de 2min41s110, ficando em 8º lugar entre cerca de 80 competidores e com diferença de +12,568 segundos para o líder Asa Vermette. Na final, seu tempo caiu para 2min36s045, mantendo a 8ª colocação geral e superando nomes consagrados como Gee Atherton e Felipe Agurto.

Essa apresentação reafirma o domínio técnico de Roger em pistas com características híbridas, que mesclam freeride e downhill, além de demonstrar sua evolução constante em provas de maior pressão.

O Hardline Wales e seus desafios únicos

Desenhada pelo ex-atleta Dan Atherton, a pista de vale Dyfi se reafirma como a mais severa do calendário. Ela reúne:

  • Saltos colossais e seções de rocha e raízes soltas;
  • Descidas acentuadas com clima instável e terreno traiçoeiro;
  • Atualizações anuais que inserem novos obstáculos, mantendo a prova sempre imprevisível.

A combinação de freeride e downhill tradicional torna o evento um teste definitivo de coragem, técnica e controle sob condições extremas.

Pódio: Asa Vermette e Louise Ferguson

No masculino, o americana Asa Vermette, de apenas 18 anos, tornou-se o campeão mais jovem da história do Hardline, com tempo de 2min24s477 – cerca de 1,681 s à frente do britânico Charlie Hatton, e 5,019 s à frente do irlandês Rónán Dunne.

Entre as mulheres, a escocesa Louise Ferguson, de 29 anos, fez história ao se tornar a primeira mulher a completar a subida e a primeira campeã feminina do evento, finalizando em 3min44s593.

Resultados da final – Top 5 Masculino

PosiçãoAtletaPaísTempo
Asa VermetteEUA2:24.477
Charlie HattonGBR2:26.158
Rónán DunneIRL2:29.496
Tuhoto‑Ariki PeneNZL2:29.673
Bernard KerrGBR2:30.430
Roger VieiraBRA2:36.045

O percurso eliminou muitos favoritos por quedas e furos. O traçado rochoso e úmido desafiou até pilotos veteranos como Bernard Kerr e Gee Atherton durante a fase de classificação.

Importância do resultado para o Brasil

A performance de Roger Vieira em um evento dessa magnitude consolida o ciclismo brasileiro no cenário mundial. O top 8 reforça sua visibilidade em meios especializados e atrai atenção de patrocinadores. Também serve de inspiração para jovens atletas que buscam competir nos eventos mais extremos, promovendo o crescimento do MTB de alta performance no Brasil.

Perspectivas para o futuro

Com o resultado no Hardline, Roger deve intensificar sua participação nas provas da UCI World Cup, além de eventos de freeride e downhill extremo como o Hardline Tasmania. O objetivo para 2026 é evoluir ainda mais e alcançar o pódio. A entrada consistente no ranking mundial fortalece sua posição entre os atletas mais promissores da modalidade.

Roger Vieira firmou-se como referência em downhill extremo ao enfrentar com técnica e coragem uma das pistas mais difíceis do planeta. Seu desempenho em Dyfi marca um novo capítulo para o esporte nacional e abre portas para conquistas futuras comparáveis às de lendas do mountain bike global.

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