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Anistia: Michelle, Nikolas e aliados convocam novo ato
“Caminhada pela Anistia” ocorrerá em Brasília no dia 7/10.

Anistia: Michelle, Nikolas e aliados convocam novo ato

29 de setembro, 2025
3 minuto(s) de leitura

“Caminhada pela Anistia” ocorrerá em Brasília no dia 7/10.

Lideranças da direita e familiares de presos dos atos de 8 de janeiro se reunirão no próximo dia 7 de outubro, em Brasília, para uma manifestação em apoio ao projeto de lei que propõe a anistia para os envolvidos nos tumultos. A “Caminhada pela Anistia” será organizada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

O ato está marcado para ocorrer às 16h, com concentração na Catedral Metropolitana de Brasília. A expectativa é que o evento reúna diversos apoiadores da proposta de anistia, incluindo familiares de pessoas presas em razão dos atos do 8 de Janeiro. Em vídeo nas redes sociais, o pastor Silas Malafaia afirmou que as “artistas” da manifestação são as famílias das pessoas “injustiçadas”.

O projeto de lei, que atualmente se encontra em um momento de incerteza na Câmara dos Deputados, chegou a ser amplamente defendido por figuras próximas ao governo Bolsonaro. Contudo, a proposta tem sofrido modificações, especialmente com a mudança de nome, agora chamado de PL da Dosimetria, e um aparente enfraquecimento dentro da Casa Legislativa. O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), descartou a ideia de uma “anistia ampla, geral e irrestrita”, como defendem os aliados do ex-presidente, e indicou que a proposta deverá ser mais restritiva, com a redução das penas dos envolvidos, incluindo a possibilidade de benefícios para o próprio ex-presidente.

Apesar da crescente oposição e das mudanças nas discussões, ainda há esperança de que o projeto siga adiante em uma versão mais moderada. Nessa linha, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a tramitação do projeto precisará de mais tempo. Ele indicou que, por ora, ainda não tem clareza sobre como as negociações estão ocorrendo, já que o relator não conversou com todos os partidos envolvidos. “Não tenho uma temperatura precisa de como tem sido a conversa do relator, até porque ele não conversou ainda com todos os partidos. Então, eu preciso de mais tempo para entender o sentimento da casa e decidir sobre pautar ou não o projeto”, explicou Motta.

A convocação para a manifestação reflete a persistência do movimento que, embora tenha enfrentado obstáculos na Câmara, continua a mobilizar setores ligados ao bolsonarismo, que acreditam na anistia como uma forma de reverter o processo de judicialização dos eventos de 8 de janeiro, em que manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Para os participantes do ato, a caminhada se configura como uma ação para corrigir o que consideram injustiças cometidas com aqueles que participaram desses atos.

Em meio a esse cenário, os organizadores acreditam que o projeto de lei ainda tem potencial para avançar, mesmo diante das dificuldades. Para isso, a manifestação de 7 de outubro, marcada para ser um evento de grande visibilidade, é considerada uma tentativa de pressionar o Congresso a dar mais atenção à questão da anistia e do tratamento penal dos envolvidos nos eventos de janeiro.

A movimentação em torno da proposta de anistia e o crescente apoio de figuras de destaque no cenário político e religioso indicam que a disputa sobre a questão continuará a ser um tema central nos debates no Congresso, especialmente à medida que se aproxima o momento de definição sobre o PL da Dosimetria.

Porém, mesmo com o apoio de Michelle Bolsonaro, Silas Malafaia e Nikolas Ferreira, a proposta de anistia ainda enfrenta desafios significativos, como a resistência de vários setores políticos e da própria população, que se opõem à ideia de um perdão judicial aos envolvidos nos atos de janeiro. Com o enfraquecimento da proposta na Câmara e o cenário político em constante mudança, resta saber como o tema será tratado nos próximos dias e se o projeto terá apoio suficiente para avançar.

Ainda assim, os organizadores da “Caminhada pela Anistia” permanecem confiantes de que a manifestação de 7 de outubro será um marco importante para a causa e um reflexo do movimento em favor de mudanças nas punições relacionadas aos acontecimentos de 8 de Janeiro. O apoio de famílias de presos e a mobilização das lideranças de direita sugerem que a luta pela anistia continuará a ganhar força nos próximos meses.

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