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João Aguimar de Oliveira Júnior está sendo investigado por estelionato sentimental

Golpista finge dívida com agiota e engana viúva para vender casa de R$ 1,5 milhão no DF

28 de julho, 2025
2 minuto(s) de leitura

Falso policial seduziu mulher, inventou dívida com agiota e ficou com bens de alto valor após golpe.

Golpista seduz viúva e aplica golpe milionário com história falsa de dívida e risco de morte

Um homem está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por aplicar um golpe milionário em uma viúva de 45 anos. Utilizando táticas de sedução, manipulação emocional e mentiras elaboradas, o suspeito convenceu a vítima a realizar transferências bancárias e vender um imóvel avaliado em R$ 1,5 milhão, sob a alegação de que corria risco de morte devido a uma suposta dívida com um agiota.

O caso teve início em março deste ano, quando a mulher conheceu o golpista em Ceilândia, região administrativa do DF. Com amigos em comum, a relação evoluiu rapidamente. Em menos de um mês, já se apresentavam como namorados e tinham conhecido as famílias um do outro. O homem se apresentou como policial e criou um cenário convincente para dar credibilidade à sua farsa.

A primeira mentira surgiu com a alegação de que devia R$ 130 mil a um agiota no Distrito Federal e que estava sendo ameaçado por um grupo armado. Ele afirmava que “poderia nunca mais voltar” caso não quitasse a dívida, o que fez a vítima se preocupar intensamente com sua segurança. Para reforçar o drama, o golpista ficava dias sem contato e, quando retornava, aparecia com roupas sujas, dizendo que estava escondido com os credores.

A estratégia emocional surtiu efeito: a mulher começou a realizar transferências via Pix que, somadas, ultrapassaram R$ 26 mil. Com o tempo, o estelionatário intensificou o discurso, afirmando que a dívida já ultrapassava R$ 300 mil. Pressionada, a vítima decidiu colocar à venda um apartamento. No entanto, o ápice do golpe ocorreu quando ela resolveu vender a própria casa, localizada em Vicente Pires, avaliada em R$ 1,5 milhão.

De acordo com as investigações, o golpista orientou que todas as negociações fossem feitas por intermédio dele. A venda do imóvel foi concretizada após uma proposta que envolvia apenas R$ 10 mil em dinheiro, além de uma chácara, três apartamentos, dois veículos e uma lancha.

Sem consentimento da vítima, o homem negociou parte dos bens recebidos. Ele vendeu um dos carros, avaliado em cerca de R$ 50 mil, e a lancha. Também ficou com um automóvel de luxo, um Volvo S60 T5, cujo valor de mercado pode ultrapassar R$ 200 mil.

Após tomar conhecimento das transações realizadas sem sua autorização, a mulher procurou a polícia e solicitou medidas protetivas de urgência. Ela relatou que, ao longo do relacionamento, o homem também mencionava um suposto envolvimento em negociações fundiárias com o Governo do Distrito Federal, o que teria servido como pretexto para justificar os atrasos na devolução do dinheiro.

O falso policial foi identificado como João Aguimar de Oliveira Júnior. Ele é servidor comissionado da Administração Regional de Ceilândia, atuando como auxiliar administrativo, com salário líquido de R$ 1,6 mil, conforme dados do Portal da Transparência do Distrito Federal.

João Aguimar é investigado por enganar a ex-namorada, simular uma identidade policial em Goiás e embolsar valores significativos da conta bancária da vítima. O estelionato amoroso atingiu seu ápice quando a mulher foi convencida a vender a casa milionária, da qual o golpista se beneficiou diretamente, saindo da relação com bens de alto valor.

O caso está sendo investigado pela PCDF, que apura o crime de estelionato sentimental, um tipo de golpe que envolve a construção de um relacionamento amoroso com o objetivo de explorar financeiramente a vítima. Segundo os investigadores, o golpista usava a confiança adquirida para manipular emocionalmente a mulher, fazendo com que ela se sentisse responsável pela segurança dele.

Estelionatos desse tipo têm se tornado cada vez mais frequentes, especialmente com o uso de redes sociais e aplicativos de relacionamento. A PCDF alerta para que vítimas que desconfiem de comportamentos semelhantes denunciem imediatamente às autoridades e evitem realizar transferências financeiras sem garantias.

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