Operação Fake Apple desmantela fraude digital via Instagram, com prejuízo superior a R$ 200 mil.

Golpe virtual! Esse é o termo que define a ação criminosa desmantelada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que resultou na prisão de um homem de 35 anos, suspeito de desviar mais de R$ 200 mil de ao menos 80 vítimas no Distrito Federal. A operação, chamada Fake Apple, revelou um esquema de fraude digital envolvendo a clonagem de perfis no Instagram, que enganou consumidores em busca de produtos legítimos.
A prisão aconteceu nesta terça-feira (30/9) e contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO), já que o acusado residia em Brazabrantes (GO). As investigações, que duraram cerca de seis meses, apontam que o criminoso fazia parte de uma facção criminosa do Rio de Janeiro especializada em golpes digitais.
O golpe consistia na clonagem do perfil de uma loja de celulares localizada na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). O perfil falso, que possuía cerca de 60 mil seguidores, ultrapassava a conta oficial da loja, que tinha aproximadamente 40 mil. A principal diferença entre os dois perfis estava no link da biografia: o perfil clonado direcionava para um número de telefone controlado pelo golpista, enquanto o perfil original levava a canais de atendimento legítimos.
Após o contato inicial, o golpista iniciava negociações fraudulentas, oferecendo produtos que na realidade não existiam ou eram falsificados. Para enganar as vítimas, ele enviava imagens e vídeos manipulados dos produtos, criando uma ilusão de autenticidade. Além disso, o esquema contava com “laranjas”, intermediários que movimentavam os valores das vítimas em contas bancárias, dificultando o rastreamento dos valores desviados.
Com mais de 80 vítimas registradas no Distrito Federal, as investigações indicam que o golpe pode ter atingido outros estados, ampliando o número de lesados e o valor total desviado. A ação coordenada das forças policiais resultou na prisão do principal suspeito, mas as investigações continuam para identificar outros membros da quadrilha e mapear o alcance do golpe.
A operação Fake Apple não apenas cumpriu mandados de prisão, mas também realizou buscas e apreensões, visando coletar provas que confirmem a extensão do esquema criminoso. A prisão do golpista foi um passo importante na desarticulação da fraude, mas a PCDF segue em busca de mais envolvidos e mais vítimas.
O golpe de clonagem de perfis no Instagram é uma prática cada vez mais comum, e o caso desmantelado pela operação Fake Apple expõe como as plataformas digitais estão vulneráveis a esse tipo de fraude. O golpe virtual, que inicialmente parecia um caso isolado, revela-se como um exemplo de como criminosos estão utilizando a internet para causar prejuízos financeiros consideráveis.
Com a prisão do principal responsável e o avanço das investigações, espera-se que o número de vítimas e o valor total desviado aumentem. A operação também serve como alerta sobre os riscos de fraudes digitais, reforçando a necessidade de cautela nas transações online.