Thallyta Silva foi detida pela terceira vez no DF ao gastar R$ 200 com cartão roubado

Santa Maria (DF) – A ex-professora temporária Thallyta Silva Almeida, de 29 anos, foi presa pela terceira vez na última quarta-feira (30/7), após ser flagrada gastando mais de R$ 200 em joias usando cartões de crédito furtados, conforme informou a Polícia Militar do Distrito Federal.
Flagrante em shopping
Equipes do 26º Batalhão da PM abordaram Thallyta após encontrarem dois cartões furtados dentro do veículo da suspeita, além da nota fiscal da compra. Uma vítima registrou um prejuízo individual de aproximadamente R$ 2 mil.
Além disso, durante buscas na residência da acusada, os policiais localizaram mais três cartões de crédito roubados.
Histórico de prisões e modus operandi
Este não foi o primeiro caso envolvendo Thallyta: em 23 de junho, ela já havia sido presa após fotografar cartões de crédito de colegas na Escola Classe 308 Sul, na Asa Sul, usando os dados para efetuar compras fraudulentas que chegaram a R$ 8 mil em prejuízos às vítimas.
Thallyta afirmou em vídeo:
“Tá tudo certo. Existe uma explicação… um assédio moral que eu sofri”.
No vídeo, ela também declarou:
“Pra quem eu precisava me justificar, já me justifiquei… Mas existe uma explicação… um assédio moral velado que eu sofri”
Dublê de rica: ostentação com dinheiro alheio
Conforme investigações, Thallyta mantinha uma vida de luxo aparente nas redes sociais — com viagens internacionais, roupas de marcas como Farm, Adidas, Froz, Under Armour e uso de maquiagens de influenciadoras (Boca Rosa e Wepink). A investigação aponta que ela se apresentava como exemplo de status social, financiando o estilo de vida com compras feitas com cartões furtados.
Testemunhas relataram que Thallyta chegou a pagar a mensalidade da academia com cartões roubados, chegando a acusar colegas de assédio moral em tentativas de inverter o papel de vítima.
Motivos e repercussão
Antes da terceira prisão, foi informado que Thallyta trabalhava como professora temporária na rede pública do DF e, após o primeiro flagrante, foi afastada pela Secretaria de Educação do DF (SEEDF).
O histórico criminal dela inclui outras detenções anteriores por fraude mediante uso de dados alheios, inclusive quando era estagiária em órgãos públicos no DF — episódio em que supostamente fez compras com prejuízo de cerca de R$ 946 a uma vítima.
O caso de Thallyta Silva Almeida expõe um padrão de comportamento criminoso e reincidente: três prisões por uso indevido de cartões de crédito de colegas e vítimas, supostamente com motivação por um assédio moral não comprovado. A investigação aponta que a acusada sustentava uma imagem de riqueza nas redes sociais, comprando itens de marcas famosas com recursos ilegítimos.
Enquanto as autoridades aprofundam as apurações, o caso desperta reflexão sobre a facilidade com que indivíduos bem inseridos no meio educacional podem cometer crimes de estelionato e apropriação indevida com aparente planejamento e continuidade.