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Fiscais da Aneel irão acompanhar atuação da Enel em Goiás

24 de outubro, 2022
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Foto: Governo de Goiás

Ação ocorre após solicitação de Caiado

Fiscais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) serão enviados nesta segunda-feira (25/10) para acompanhar a atuação criada no Estado de Goiás pela distribuidora de energia Enel. Os dois fiscais integrarão a equipe da Agência Goiana de Regulação (AGR).

A determinação foi anunciada após reunião do governador Ronaldo Caiado com membros da diretoria da Aneel, na manhã de hoje, no Distrito Federal.

Além disso, após solicitação do governador, a reguladora reforçou o empenho no acompanhamento do processo de completa transferência do controle acionário da Enel Goiás para a Equatorial, tendo em vista uma solução definitiva para o caso até 1º de janeiro de 2023.

Durante a reunião Caiado relatou que a empresa Enel têm um histórico de má serviço prestado a população Goiânia.

“Já fomos por demais penalizados, suportando a Enel em Goiás por cinco anos, o que atrasou a vida em nosso Estado, bem como a oferta de empregos e o desenvolvimento de Goiás”, disse.

O diretor-geral da Aneel, Sandoval de Araújo Feitosa Neto, assegurou que a instituição irá manter o acompanhamento, pois o serviço de distribuição é muito sensível.

“Posso assegurar que tudo que for possível será feito, considerando o período de maior incidência de chuvas, a fim de minimizar os impactos aos consumidores de energia elétrica no Estado de Goiás” afirmou.

A direção da Aneel também informou que haverá, hoje ainda, uma reunião entre o relator do processo de transferência, Helvio Guerra, e o presidente da Equatorial. O objetivo, conforme explica Helvio, é fazer uma análise para avaliar as condições que eles estabelecem para assumir o controle da concessão.

Entenda o caso

A Enel comprou a Celg Distribuição (Celg-D) em 2016 por R$ 2,2 bilhões, cabendo a Goiás cerca de R$ 1,1 bilhão ou R$ 800 milhões líquidos, porém, deixando um passivo de R$ 12 bilhões ao Tesouro Estadual. Desde que assumiu o Estado, em 2019, Caiado utilizou todos os meios legais para exigir que a Enel oferecesse a prestação de serviços para a população goiana dentro do que era seu dever contratual. 

Com dificuldades em cumprir as metas estabelecidas pela agência reguladora e considerada uma das três piores concessionárias do país, a empresa entra no processo de deixar o mercado goiano.

Em setembro, a Equatorial comprou o controle total da Celg-D por R$ 7,5 bilhões – sendo R$ 5,7 bilhões em dívidas assumidas e quase R$ 1,6 bilhão em pagamento.

Com informações do portal A Redação

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